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Avaliação de atividade antioxidante do óleo de Rosa mosqueta (Rosa aff rubiginosa) presente em cosmecêutico para tratamento de feridas
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1  Universidade de Brasília
Academic Editor: Humbert G. Díaz

Abstract:

Introdução: Rosa aff rubiginosa, popularmente conhecida como Rosa mosqueta é amplamente utilizada na indústria cosmética e alimentícia por sua composição(1). O óleo fixo extraído por prensagem à frio de suas sementes é rico em ácidos graxos essenciais à nutrição humana, especialmente ácido linoleico, oleico e linolênico, e ácido trans-retinoico(2,3), além de flavonoides(3), vitamina C e carotenoides(2), substancias eficazes em tratamentos cutâneos(4,5). Por esse motivo, tem crescido o interesse por esse insumo para cosméticos com aplicação terapêutica. Contudo, por sua composição majoritariamente graxa, o óleo possui pouca estabilidade devido ao processo natural de peroxidação(6). Objetivos: Diante do exposto, o presente trabalho visou avaliar a atividade antioxidante do óleo incorporado em formulações cosmecêuticas. Método: Foram avaliadas três emulsões, sendo duas contendo 30% de óleo de Rosa aff rubiginosa, sem ou com BHT (2,6-Di-tert-butyl-p-cresol) como antioxidante sintético, e a terceira formulação elaborada sem a presença do óleo vegetal, porem com BHT, chamada creme branco para fins de comparação. Todas as emulsões, juntamente com o óleo puro foram armazenadas em frascos airless e mantidas em câmara climática por 15 dias à 40 ± 2oC e 30 ± 5% de UR. As amostras recém-preparadas e expostas a tratamento climático por 15 dias foram submetidas a teste de atividade antioxidante pelo método DPPH proposto por Kim et al (2002)(7). A extração de compostos antioxidantes foi efetuada por dissolução de 1,5g da amostra em 1,5mL de solução de acetona:etanol (80:20 v/v). A mistura foi submetida a energia ultrassónica por 15min, seguido de centrifugação 5000rpm/15min. Adicionou-se 100µL do sobrenadante obtido a 2900µL do radical 0,1mM em etanol PA. Após agitação em vórtex, foram mantidos em repouso por 30min protegidos da luz. A densidade óptica inicial do radical foi avaliada em espectrofotômetro à absorbância de 517nm. A atividade antioxidante foi expressa em equivalente Trolox (TEAC). Resultados e discussão: A Figura 1 evidencia a ação antioxidante do óleo vegetal, puro ou incorporado em fórmulas cosmecêuticas, como também seu efeito sinérgico em presença de antioxidante sintético. Também foi possível observar a manutenção da ação, mesmo após tratamento em condições extremas. Entretanto, quando inserido na emulsão, os compostos ativos do óleo foram protegidos do tratamento climático empregado. Outra observação importante diz respeito a ação inferior inicial nas emulsões em comparação ao óleo vegetal, que pode ser justificada pela exposição térmica durante processo produtivo da forma farmacêutica.

Keywords: atividade antioxidante, Rosa mosqueta, óleo vegetal, emulsão, cosmecêutico
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